Agropecuária Brasileira – Geografia da Produção e Mecanização

Texto relacionado: Histórico da questão agrária brasileira

Estrutura Fundiária

Conforme a Constituição de 1988, a função social da terra é manter as famílias no campo evitando o êxodo rural e garantindo a produção de alimentos para toda a sociedade.

Como tratado em texto sobre o histórico da questão agrária brasileira, segundo o Censo Agropecuário (2006), a agropecuária ocupa 330 milhões de hectares no Brasil e cerca de 43% dessa área pertence a apenas 1% dos proprietários rurais – donos de áreas superiores a mil hectares. Quase metade dos proprietários (47%) possui pequenas áreas, de até 10 hectares, que, somadas, totalizam apenas 2,7% das lavouras e pastos brasileiros.

A principal característica da ocupação do território brasileiro, desde a coloniza­ção, tem sido a distribuição desigual da terra e dos recursos naturais. O último Censo Agropecuário decenal do IBGE, realizado em 2006 e divulgado no fim de 2009, mostrou uma tímida diminuição do índice de Gini, utilizado pelo instituto para medir a concentração de terra. Em uma década, ele passou de 0,856 para 0,854 – quanto mais próximo de 1, maior é a concentração. Os lotes de menos de 10 hectares representam apenas 2,7% da área total das propriedades, e as que possuem mais de mil hectares concentram 43% como foi também informado em parágrafo anterior.

O censo revelou que o país tem quase 5,2 milhões de imóveis rurais. A agricultura fa­miliar representa 84,4% das propriedades agrárias brasileiras e ocupam uma área de 24,3%. Já estabelecimentos não familiares são 15,6% e ocupam 75,7%. A agropecuária familiar, apesar da pouca área, garante a produção dos alimentos para o mercado interno, com a produção de 87% da man­dioca, 70% do feijão, 46% do milho, 38% do café, 34% do arroz e 58% do leite consumi­dos no país, segundo o IBGE.

A pecuária é a principal atividade de 44% das propriedades rurais e está presente em todas as regiões. As áreas de lavouras aumentaram, com desta­que para Centro Oeste (63,9%) e Nor­te (37,3%). Observe que as duas regiões são justamen­te onde se expande a fronteira agrícola­, ou seja, onde novas terras são incorporadas à agropecuária. Estamos falando das franjas da Amazônia: esses número retratam a expansão agrícola que provoca o desmatamento.

Portanto, chega-se à conclusão que há uma distribuição totalmente desigual nas terras agropecuárias brasileiras, pois no Brasil, 5,4 milhões de ha tem o tamanho de até 10ha e ocupam 1,3% do total. Significam 1.146,6 mil imóveis rurais (IR) – 31,9% do total. 219,9 milhões de ha tem mais de 1.000 ha e ocupam 53% do total de terras e significam 57,9 mil IRs – 1,6% do total (ADAS, 2004, p. 203). Esses dados da desigualdade na distribuição certificamos no mapa  que segue ao notar que em muitos estados as barras do lado direito em cor rosa de área ocupada são bem maiores que as barras do lado esquerdo de cor verde que significam a divisão em pequenas propriedades.

Clique no mapa para uma melhor visualização.

Sistemas (e tipos) Agrícolas

O sistema de produção agrícola é dividido em

Agricultura de subsistência – tipo de produção sem nenhuma tecnologia/mecanização que só atende às necessidades básicas da  sobrevivência do cultivador. Por essa característica rudimentar, está desaparecendo do planeta. Encaixa-se no tipo de agricultura chamado de tradicional.  Veremos adiante que muitas das pequenas propriedades no Brasil usam esse tipo de agricultura.

Agricultura itinerante – consiste na queimada da vegetação para seguir com a limpeza das árvores queimadas ou cortadas. Ocorre em áreas de agricultura sem investimentos nem mecanização e também é encaixada no tipo de agricultura tradicional. Nesse tipo, tanto as pequenas quanto as médias e grandes propriedades, pela falta de investimento devido, executam;

Agricultura de jardinagem – caracteriza-se pela alta produtividade, já que utiliza selação de sementes, tecnologia e fertilizantes. Originária da rizicultura no sudeste da Ásia recebeu esse nome por assemelhar-se a um jardim, pois seu plantio se dá em forma de mudas (lá, muito na forma de terraceamento – veja figura que segue). Encaixa-se na agricultura moderna e no Brasil é executada em muitas pequenas e médias propriedades (o que mede tal classificação é a mecanização usada na propriedade agrícola);

Rizicultura (arroz) de jardinagem por terraceamento em Benaue nas Filipinas – terraços com cerca de 1.500 metros de altura que cobrem mais de 10 mil quilômetros quadrados.. Fonte: (Luiz Prado Blog).

Agricultura de plantation – define-se como um grande sistema monocultor (uma só cultura agrícola) voltado para a exportação e é muito usado em países da América Latina e também nos mais subdesenvolvidos. Na América foi bastante usada na colonização escravista e no Brasil caracterizou-se pelo cultivo de cana-de-açúcar e café (que até hoje são considerados plantations mesmo com o uso de práticas modernas). Alguns autores consideram a monocultura de soja uma plantation, mas dentro de tal discussão, os autores que se opõem, classificam a soja como uma monocultura da agricultura moderna e contemporânea – esta última se caracteriza pelo uso de transgênicos. Portanto, podemos afirmar que ainda existe plantation caracterizada como tipo de agricultura tradicional e como temos o exemplo da soja extremamente mecanizada (e com uso da ciência para transgenia), pode-se também encaixá-la no tipo agrícola moderno e contemporâneo.

Uma modalidade agrícola, implantada pelos imigrantes recém chegados ao Brasil do século XIX, muito usada hoje nas áreas de agricultura mecanizada é a rotação de culturas. Uma técnica agrícola que visa diminuir a exaustão do solo que conforme a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – EMBRAPA, a utilização de diversos tipos de culturas é o principal fundamento da rotação para preservação ambiental, aumento da estabilidade produtiva e maximização econômica da atividade rural.

Este artigo atende aos fins de leitura e pesquisa e pertence ao blog GeoBau (http://marcosbau.com). Proibida a reprodução pelo Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610/98 de Direitos Autorais. PLÁGIO É CRIME. DENUNCIE. 

Relações de Trabalho no Campo Brasileiro 

Dentre as relações capitalistas agropecuárias há o envolvimento do trabalho assalariado (trabalhador com carteira assinada e direitos dentro das leis trabalhistas), parceria e arrendamento (aluguel em dinheiro ou pela divisão da produção em 1/2 – meeiro, 1/3 – terceiro e 1/4 quarteiro), escravidão por dívida (salário prometido e pago bem menor, nunca suficiente para cobrir despesas e fazer o trabalhador ser livre), trabalho temporário (caso dos boias-frias que trabalham pendularmente na época da colheita) e trabalho familiar (citado anteriormente  nos tipos agrícolas e posteriormente em tópicos que seguem).

 Agronegócio

O setor do agronegócio, sinônimo de agricultura patronal ou empresarial abrange a cadeia produtiva de indústria e serviços ligada aos produtos da agropecuária: produção de equipamentos e serviços para o campo e a transformação dos produtos, como as indústrias de alimentos e frigoríficos (em resumo, envolve as atividades dos complexos agroindustriais, isto é, atividades primárias, secundárias e terciárias da cadeia produtiva e está intimamente ligado à agricultura patronal abordada em tópico adiante). Esse setor da agricultura e pecuária contribui com cerca de 30% do Produto Interno Bruto – PIB (aprox. 20%  da agricultura e 10% da pecuária – O PIB do Brasil é de aprox. US$ 2 trilhões), 37% das exportações e 35% dos empregos brasileiros.

Três sistemas mostrados no mapa que segue coexistem na organização do espaço rural/agropecuário brasileiro:

  1. Agropecuária moderna e integrada a um complexo agroindustrial (mancha verde);
  2. Agropecuária voltada para o autoconsumo e mal integrada aos circuitos comerciais (região Nordeste e parte da Centro-Oeste);
  3. Zonas pioneiras ainda em processo de incorporação (linha no mapa que separa praticamente a região Norte das demais).

Esse desempenho faz do Brasil o maior produtor mundial de vários itens da pauta agrícola, como suco de laranja, açúcar, café e feijão e, na pecuária, é também o maior exportador de carne bovina e de frango. O país é grande produtor e exportador de carne suína, de milho e de soja e seus derivados. Nos últimos dez anos, a participação da agropecuária no total de exportações subiu de 2,82% para 14,87% e colocou o Brasil entre os cinco principais exportadores de alimentos do planeta.

O Brasil é o segundo maior produtor de soja e de seus derivados (grão, óleo, farelo etc., o complexo soja), e o grão manteve a liderança do ranking da agropecuária. A soja representou 26% do volume de exportações em 2009, seguida pelas car­nes, com 18%, e pelo complexo sucroal­cooleiro, com 15%.

O país é também o maior exportador de carne bovina – os Estados Unidos são o maior produtor, mas exportam menos. Entre 2003 e 2008, a receita com exportações no setor cresceu de 1 bilhão de dólares para mais de 5 bilhões. O país é ainda o terceiro maior produtor e o maior exportador de carnes de aves e o quarto em exportação de carne suína (veja mapas que seguem da espacialidade da produção pecuária).

A mecanização do campo no Brasil tem modificado bastante a produção pecuária e um grande exemplo é a pecuária bovina que está deixando de ser predominantemente extensiva para semi-intensiva na periferia da Amazônia, Região Centro-Oeste e Sertão Nordestino, onde predominava exclusivamente até a década de 1980 a pecuária extensiva.

Apesar dos bons resultados apresen­tados nos últimos anos, a agropecuária brasileira terá de enfrentar sérios desafios para manter a escalada produtiva. Inter­namente, há falta de silos para armazenar os grãos após a colheita, além das difi­culdades de transporte (estradas ruins) e da falta de portos secos, locais para ar­mazenar produtos antes do embarque ao exterior. A ampliação das plantações de soja e cana também sofre limitações para preservar as matas nativas. No mercado externo, o Brasil tenta emplacar o etanol como commodity, ou seja, torná-lo uma mercadoria negociada nas bolsas interna­cionais, com regras padronizadas, o que poderia ampliar as exportações.

Diferenças regionais

Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná têm a estrutura fundiária mais bem distribuída do país, resultado da colonização por imigrantes europeus, que reproduziram o padrão agrário familiar do país de origem. A Região Sul sobressai em razão de uma produção mecanizada e diversificada, com destaque para grãos (veja nos mapas que seguem a soja e o arroz), a agroindústria de uvas, de aves e de suínos.

Na Região Sudeste, há uma complexa rede de áreas de forte, média e pequena desigualdade na concentração de terras. A produção também é mecanizada e diversificada, e destacam-se a cana e a laranja no interior paulista e o café e a agropecuária em Minas Gerais (veja mapas que seguem).

A Região Nordeste mantém patama­res semelhantes ou superiores ao índice nacional de concentração de terras, gra­ças à história da economia escravista, às grandes propriedades pastoris do sertão e às monoculturas de açúcar e algodão. São destaques as produções de cana-de-­açúcar, tabaco, cacau, além da soja e do algodão herbáceo (algumas dessas culturas mostradas em mapas anteriores).

A expansão da agricultura de grãos em grande escala – sobretudo soja e milho – e do algodão pelo cerrado da Região Centro-Oeste reforçou a concentração de terras que já marcava a região pela pecuária ultraextensiva.

Na Região Norte, a presença de gran­des propriedades de soja, milho e pas­tagens, como no Pará, contrasta com as pequenas áreas de posseiros e de ribeiri­nhos. Esses, com pesca e produção fami­liar, basicamente de mandioca, utilizam os recursos dos rios e dos solos de várzea, fertilizados nelas cheias sazonais.

O país também é líder mundial na produção de biodiesel, combustível obtido de plantas oleaginosas – como mamona, dendê, girassol, babaçu, soja e algodão. A produção de cana-de-açúcar tem crescido nos últimos anos, impulsionado pelo interesse mundial por etanol e consumo interno devido aos carros flexfuel (80% dos carros vendidos hoje no Brasil). O etanol ainda não conseguiu o status de commodity internacional, o que deve favorecer as exportações brasileiras. Um dos motivos é que, segundo denúncias, 49% do trabalho escravo no Brasil está no setor sucroalcooleiro.

Agricultura Familiar e Patronal 

Todo crescimento da produção na agropecuária (ramo da economia com maior expansão em 2007) responde pela mecanização impressa no território. Do agronegócio da agricultura patronal executado por grandes empresas nacionais e internacionais e baseado em grande propriedade da monocultura voltada para a exportação e da agricultura familiar produtora de mercadorias* (difere da agricultura itinerante que consiste na queimada da terra e de subsistência – também sem mecanização que atende apenas o abastecimento do cultivador), cujo fundamento é a pequena propriedade, com a produção voltada para o consumo interno. O grande problema é que muitas vezes as pequenas propriedades da agricultura familiar não tem estrutura para tocar as lavouras e são obrigados a se satisfazer com a agricultura de subsistência (não comercializam produtos no mercado – só satisfazem as necessidades de sobrevivência da família).

*Entende-se aqui que a parte da agricultura familiar produtora de mercadorias, bastante mecanizada e que tem uma grande produção, pode se tornar uma roldana importante para a movimentação do agronegócio, já que este é o próprio elo de ligação e envolve também toda a produção agropecuária e transformação/distribuição industrial. A análise e interpretação do mapa que segue nos leva à confirmação da ideia escrita nesse parágrafo. Concordamos que a eficiência da agricultura familiar – quando mecanizada, por exemplo, pelo modelo jardinagem –  no Brasil é maior que a da patronal (ressaltamos que além da mecanização, a produção depende da articulação de transportes, condições de solo, clima e relações de trabalho, já que dentro da agricultura familiar também existe o lado dos muitos pequenos agricultores que não conseguem obter uma mínima condição de vida a partir da terra que possui).

Ao cruzar os dados dos dois mapas, nota-se um maior uso de práticas modernas no Sudeste e Sul (manchas azuis no mapa de cima) do país que coincide com a agricultura familiar e também com latifúndios mostrados nas manchas vermelhas do mapa de baixo. Há um predomínio da agricultura familiar no Nordeste (mancha azul na região, mapa de baixo), mas o uso de práticas modernas que não é intenso (manchas vermelha, amarela e azul clara na região, mapa de cima) causa de problemas na sustentação da agricultura familiar do Nordeste. Os latifúndios no Nordeste têm uma média de tamanho menor que a do país (269 ha contra 433 ha das demais regiões). A média do tamanho das propriedades familiares no Nordeste é de 17 ha enquanto que no resto do país é de 26 ha (1 ha = 10.000 m²).

Sobre o Agronegócio versus Agricultura Familiar, o professor e pesquisador da USP Dr. Ariovaldo Umbelino de Oliveira afirma que

  • É um grande mito atribuir à grande propriedade a maior parte da produção do agronegócio, pois a pequena unidade de produção no campo brasileiro, segundo o IBGE, representa 90% dos 4,2 milhões de estabelecimentos agropecuários (31% do total de estabelecimentos e 86,6% dos empregos enquanto a grande propriedade ocupa 0,8% do total e gera 2,5% dos empregos).
  • A maior parte da tecnologia também é usada pelas  pequenas unidades de produção.
  • A reforma agrária ampla, geral e massiva é a alternativa para aumentar a produção de alimentos, uma saída para resolver a crise que se abateu sobre os alimentos na atualidade.

De acordo com Sene e Moreira (2010, p. 658), as grandes propriedades no Brasil produzem mais carne bovina, soja, cana-de-açúcar, laranja e arroz e as unidades familiares estão na frente da produção de milho, batata, feijão, mandioca, carnes suínas e de aves, ovos, leite, verduras legumes e frutas. Os autores também afirmam que a agricultura familiar é mais eficiente no aproveitamento econômico, além de ter sido responsável por 1/3 da produção agropecuária em 2006, contra 2/3 da agricultura patronal.

Em maio de 2011, o governo informou que vai injetar R$ 16 bilhões no Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf).

O Plano Agrícola e Pecuário 2011/12 foi lançado pela presidente Dilma Rousseff em junho de 2011 e disponibilizará R$ 107,2 bilhões para financiar agricultores e pecuaristas (fonte: Notícias agrícolas).

Em reportagem do Le Monde Brasil (julho, 2011, p. 37) há a afirmação que a agricultura familiar garante a segurança alimentar e nutricional da população, além de evocar o aspecto social de redução da pobreza e da relação sustentável com a natureza no processo de desenvolvimento no campo.

Foto de propriedade pertencente à agricultura familiar. Fonte: Terra e Prosa Blog.

Mesmo com toda essa eficiência comprovada, um estudo de 2009 da Confederação da Agricultura e Pecuária no Brasil – CNA mostra que 49% das famílias assentadas não conseguem sobreviver do que produzem e 37% têm renda de, no máximo, um salário mínimo (R$ 545,00 desde mar 2011) e 46% afirmam ter comprado a terra de outros assentados, o que é proibido pela lei agrária (8.629/93). Isso acontece porque a pesquisa afirma também que o governo falha no suporte técnico e financeiro aos assentados.

Soja e uso de técnicas agrícolas

A produção de soja no Brasil em 2008/2009 foi de 57 milhões de toneladas em quase 22 milhões de hectares, o que torna a soja a cultura que mais se expandiu na última década (vide mapa de expansão da soja).

O Estado que mais produz soja é o Mato Grosso, com 18 milhões de toneladas, seguido do Paraná, com 9,5 milhões de toneladas, de acordo com a Companhia Nacional do Abastecimento (Conab). Para reduzir custos de produção, quase metade dos produtores optou pelo cultivo de soja transgênica no Brasil, 97% da área da soja tem colheita mecanizada, com uso de adubos e defensivos químicos (o Brasil é o maior consumidor mundial de agrotóxicos ou produtos fitossanitários – quase 2 milhões de propriedades rurais usam agrotóxicos e 56% não segue orientação técnica). Os mapas que segue mostram o uso de defensivos químicos e assistência técnica impressa no território.

Referências:

ADAS, Melhem. Panorama geográfico do Brasil. São Paulo: Moderna, 2004.

1º mapa – GeoAtlas.

Do 2º mapa em diante – HERVÉ, Théry; MELO, Neli Aparecida de. Atlas do Brasil: disparidades e dinâmicas do território. 2.ed. São Paulo: EDUSP, 2008, cap. 5 p. 115-143.

Guia do Estudante. Revista Atualidades vestibular. Editora Abril, 1º sem. 2010, p. 100-107.

Guia do Estudante. Revista Atualidades vestibular. Editora Abril, 1º sem. 2011, p. 96.

Revista Discutindo Geografia, ano 4, nº 21, 2008, p. 28-33 (entrevista com o professor Dr. Ariovaldo Umbelino de Oliveira).

SENE, Eustáquio; MOREIRA, João Carlos. Geografia geral e do Brasil. São Paulo: Scipione, 2010.

75 Respostas to “Agropecuária Brasileira – Geografia da Produção e Mecanização”

  1. felipe moreira Says:

    gostei muito do seu blogue, ele me inspira a estudar
    com conteudos complementares ao livro ele se torna um grande objeto de estudo

  2. “43% dessa área pertence a apenas 1% dos proprietários rurais” ???

  3. Matheus Miranda Says:

    Fala Bau! Estava lendo este tópico e me deparei com uma expressão que não estou me recordando o que significa. O que são “asininos” e “muares”? Abraço!

  4. pedro de faria Says:

    muito bom esse blog, nem vo tocar no livro. Com o que eu li aqui não preciso de mais nada. Obrigado bau, o livro explica de um jeito bem pior.

  5. caique brito Says:

    professor com um blogue desse qualquer um fica encantado, eu mesmo não entendo nada do livro , ja quando entro no blogue me delicio com a geografia

  6. gostei muito do seu blog,ele me ajudou muito com uma pesquisa que estou c fazendo com meu amigos sobre esse conteudo!
    muito obrigada!

  7. muito obrigado vc me ajudou muito para meu trabalho de aula

  8. também gostei muto do seu texto estou fazendo um trabalho e isso vai me ajudar muito. muito obrigado

  9. Marcos, boa tarde, sou aluno do curso de economia da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade de Ribeirão Preto, e estou fazendo uma revisão bibliográfica para o meu trabalho de conclusão de curso que vai ser sobre crédito rural e sua implicação na produtividade, principalmente para pequenos produtores, gostaria de saber qual fonte o professor utiliza quanto aos dados sobre produção nas diversas regiões do país e sobre o percentual representado pela agropecuária nas exportações brasileiras.

    Grato,

    Marino Henrique Genari

    • Olá Marino,
      Sobre a produção, os dados desta, não só eu, mas autores renomados da geografia usam os do censo agropecuário do IBGE feito em 2006 e publicados em 2009. No ‘Atlas do Brasil’ de Hervé e Mello (citado no post) você encontrará mapeamento e explicação da produção da agricultura familiar. Vale muito você dar uma olhada (http://www.edusp.com.br/detlivro.asp?ID=545871)
      Quanto à contribuição teórica de mais referências para sua monografia, indico-lhe o professor Ariovaldo Umbelino de Oliveira, pois ele trabalha diretamente com essa temática e escreveu um livro sobre o campo no século XXI. Manuel Correia de Andrade também seria interessante que você desse uma olhada.
      Espero ter ajudado. Qualquer coisa é só clicar!

  10. Danilo Coutinho Says:

    Eu sou aluno do curso de Geografia da UFPB e tenho que elaborar um mini-projeto sobre a situação da Reforma Agrária no governo Lula, avanços, retrocessos, dados, etc. Enfim, gostaria de saber se o professor não teria algum material para indicar.

  11. gostei muito do seu blogue me ajudou muito na minha
    pesquisa da escola.

  12. Danyelli-Ferráz-Drumond-Halspng Says:

    obrigado pela sua ajuda e por ter montado esse site maravilhoso!!!
    estudo no Colégio Machado de Assis!!
    pode ir lah dar algumas aulinhas quando quiser!!
    meu trabalho esta melhor agora!!!!

  13. Precisamos de iniciativas como a sua. Um ótimo blog, uma ótima linguagem e uma excepcional explicação, parabéns.

  14. Taís Carvalho Says:

    Professor, estava lendo o tópico e me deparei com algumas dúvidas quanto a algumas passagens. Será que o senhor poderia me explicar melhor o que elas querem dizer? Achei as duas primeiras contraditórias e não entendi o que o autor quis dizer com ”eficiência” na terceira.
    Obrigada!

    ”É um grande mito atribuir à grande propriedade a maior parte da produção do agronegócio, pois…”
    ”Os autores também afirmam que a agricultura familiar é mais eficiente no aproveitamento econômico, além de ter sido responsável por 1/3 da produção agropecuária em 2006, contra 2/3 da agricultura patronal.”
    ”Concordamos que a eficiência da agricultura familiar – quando mecanizada, por exemplo, pelo modelo jardinagem – no Brasil é maior que a da patronal”

    • Taís,
      Suas dúvidas são pertinentes. Não são contraditórias as afirmações, pois a produção citada significa ser em um mesmo tamanho de terra. Ex: 4 hectares da produção feita pela agricultura familiar rendem mais do que 4 hectares da produção feita pelo agronegócio, mas como a agricultura familiar tem menos terras, no geral produz menos.
      Pelo maior rendimento no mesmo tamanho de terra a agricultura familiar torna-se mais eficiente (além de gerar mais empregos e contribuir para uma distribuição mais igualitária da terra).

  15. professor, acho que no começo do texto ao invés de usar ponto e vírgula em “Por essa característica rudimentar está desaparecendo do planeta; encaixa-se no tipo de agricultura chamado de tradicional.” o uso somente da vírgula cairia melhor (:
    no mais, seu blog é ótimo.

  16. mateus ignácio Says:

    professor,parabéns pélo blog,está ajudando muito para estudar essa matéria,mas fiquei com uma dúvida em um parágrafo ” A mecanização do campo no Brasil tem modificado bastante a produção pecuária e um grande exemplo é a pecuária bovina que está deixando de ser predominantemente EXTENSIVA para SEMI-INTENSIVA na periferia da Amazônia” será que o senhor poderia me esclarecer esses dois termos?? brigado bau,abraço

    • Eu é que agradeço as palavras Mateus.
      Pecuária extensiva é a chamada pecuária tradicional que necessita de uma grande extensão de terra e nenhuma mecanização.
      Pecuária intensiva é mecanizada com gado criado confinado (preso) sendo alimentado por ração. requer muita mecanização para engordar o gado em um menor espaço de tempo, e sendo assim, não necessita de grandes extensões de terra.
      O que quero dizer é que a pecuária no Brasil tem aumentado a mecanização desde a década de 1980.
      Abraço!

  17. professor não entendi a relação do agronegócio com a agricultura familiar. Por que o agronegócio é o elo de ligação?

    Obrigada! 🙂

  18. mateus ignácio Says:

    valeu bau!

  19. Brandão, existe plantations com o sistema de rotação de culturas ou esse sistema funciona apenas uma ferramenta da agricultura familiar e de corporações de pequenas propriedades?

  20. Bau, na questão sobre relaçoes de trabalho, boa parte da mão de obra familiar também faz parte do trabalho temporário?

    • Podemos afirmar uma pequena parte Matheus. Alguns daqueles da agricultura familiar de subsistência que fazem ‘bicos’ como boias frias no latifúndio (estima-se menos de 10% desses pequenos agricultores). A mão de obra temporária é predominante nas plantations (cana, laranja, algodão e café).

  21. mto bom o seu blog professor, muito mais detalhado e bem explicado que os nossos livros (que na verdade eu nem uso mais), soh fikei com uma dúvida sobre a agricultura patronal, ela é a mesma coisa que as plantation ou têm alguma diferença? e já que as agriculturas patronais são comandadas por grandes empresas internacionais e nacionais, cujo acesso à tecnologia e renda são maiores, porque a agricultura familiar no nosso país é mais eficiente?
    Abraço e mto obrigado bau!

  22. aluna do sigma sul Says:

    Professor, não entendo a diferença entre agronegócio e agricultura patronal. Para mim, a agricultura patronal seria o agronegócio; e ambos são os grandes empreendimentos agropecuários destinados a produção em larga escala. Você poderia, por favor, me dizer se estou na linha de raciocínio correta? Desde já obrigada 🙂

  23. aluna do sigma sul Says:

    muito obrigada!! E professor, o blog é realmente muuuito bom…acho q a melhor coisa é justamente isso de a gente poder tirar as dúvidas assim q elas vêm à cabeça sem que nos esqueçamos delas.

  24. Professor, primeiramente quero lhe dar os parabéns pelo seu blog, que continua sendo, na minha opinião, a melhor ferramenta de estudo de geografia e quero também agradecer pois os textos e os mapas tornam o estudo bem mais fácil, sem falar das perguntas, que são respondidas quase instantâneamente, sem a necessidade de esperarmos até o dia seguinte para tirar nossas dúvidas. Mais uma vez, parabéns pelo blog, está ótimo!!

    • Obrigado Artur! São os acessos e comentários como o seu que alimentam este blog. Como professor fico mais feliz ainda em poder ajudar fora de sala com uma ferramenta aprovada pelos meus (e por outros) alunos.
      Costumo repetir sempre que esse é o meu papel social, ou seja, tornar a credibilidade do blog cada vez maior para que chegue a cada vez mais pessoas, e principalmente alunos da escola pública pelo país que não têm a condição de adquirir o caro livro didático.
      Obrigado mais uma vez, vocês fazem meu trabalho (dentro e fora de sala) virar uma ótima diversão. Para isso cito Confúcio: “Escolha um trabalho que você ame e não terás que trabalhar um único dia em sua vida.”
      Até semana que vem! Abraço

  25. Caique Brito- terceiro B Says:

    Professor, apesar de eu ter me inspirado no segundo ano com essa materia ”deliciosa” agora no terceiro com meu raciocinio aprimorado percebi detalhes inesperados em uma mente ”primata” do segundo ano. Professor, agradeço novamente por esse blogue fantastico de valor inestimável, um valor so adquirido por nosso conhecimento que se aprimora a cada dia.
    Agradeço muito por ter um professor de tamanha experiencia como o senhor, te admiro muito BAU

    • Eu é que agradeço o carinho Caique. Tento sempre dar o melhor em sala para meus alunos, pois faço o que gosto e, na verdade, amo o que faço.
      Fico muito feliz pela sua percepção em um aperfeiçoamento crítico do conteúdo. Continue assim que você vai longe!

  26. muito boa essa pagina ainda mais com esses mapas sao otimos para trabalhos escolares

  27. Matheus Moreira Says:

    Olá Bau, parabéns pelo Blog, é muito bom mesmo!
    Gostaria de tirar uma dúvida, por que o Brasil insiste tanto em tornar a soja um commodity, sendo que, como tal, este produto estaria mais sujeito às altas e baixas do mercado financeiro? Li em um site que a queda nas exportações causa retração do PIB. Se a soja -produto que mais exportamos- se tronasse um commodity, não estaríamos à mercê de crises (como a de 29 que detonou as exportações de café) ?

    • Obrigado Matheus!
      Quanto à sua pergunta, você deve ter confundido soja com etanol, pois a soja é uma commodity do mercado internacional.
      Em uma crise como a de 1929 que se tornou global faz todo produto ter redução na exportação ou nos preços, sendo commodity ou não. a ideia de fazer um produto ter cotação na bolsa mundial é que ele passa a ser enxergado em seus usos e pode ter sua exportação aumentada.

      • Matheus Moreira Says:

        Ah sim, por isso que não fazia sentido pra mim, acabei misturando o conteúdo de um site que falava da soja como exemplo de commodity e outro que falava da tentativa de fazer do etanol um commodity. Vlw, Bau!

  28. Maxsuel Santiago Says:

    Olá, sou professor de Língua Portuguesa no estado da Bahia e gostei muito deste conteúdo, como falta professor licenciado este ano estou lecionando também geografia e por incrivel que pareça estou trabalhando este conteúdo com meus alunos do 7 ano. Parabéns, gostei do conteúdo e vou usa-lo em sala de aula. Posso? Um forte abraço.

    • Olá Maxsuel,
      Obrigado por ter gostado do conteúdo. A ideia aqui é socializar conhecimento, portanto, citando a fonte não há nenhum problema em usar os textos deste blog.
      Bahia é meu Estado natal e ministrei aula muito tempo em Salvador. Essa é uma das coisas que fico triste (para não dizer revoltado) com a educação brasileira, isto é, é você ter que ministrar um conteúdo que não fez licenciatura para isso por falta de professor da matéria (mas a luta por uma educação melhor continua!).
      Como as aulas são de 7 ano e o conteúdo aqui é para Ensino Médio, apenas cuidado com a densidade teórica (existem coisas mais profundas que eles só precisarão saber no Ensino Médio).
      Abraço,

  29. leonardo dos santos gutierrez Says:

    Olá gostaria de saber qual mapa se enquadra nas seguintes opções ; Mapa Agropecuário ou Agrícola e Pecuário no Brasil . Esse são temas do meu trabalho e precisava de uma ajuda para encontrar . Obrigado

  30. muito bom seu site! gostei muito

  31. Olá, Bau.
    Gostei muito de utilizar seu site. É muito útil e me ajudou na difícil tarefa de agradar meu professor.
    Usarei-o sempre que puder!

  32. Ola, parabens pelo site, sou aluna da graduaçao de ciencias biologicas , estou elaborando um tcc sobre a agropecuaria e seus impactos no aquecimento global, e gostaria de saber se o senhor autoriza, eu fazer uma citaçao do seu site com seus dados claro Brandão,Marcos. desde ja agradeço!

  33. Millena Oliveira Says:

    olá Marcos parabéns pelo blog!!!!!!!!
    Adorei me ajudou muito, sou aluna do
    segundo ano do ensino médio e visitarei
    sempre o seu blog!!!!!!!!!
    você tem uma mente brilhante.
    desde ja agradeço!!!!!!!!
    parabéns!!!!!!!!

  34. Millena Oliveira Says:

    sou aluna do segundo ano do
    ensino médio e adorei ter conhecido o seu blog
    parabéns!!!!!!!!!!
    Me ajudou bastante!!!
    obrigado mente brilhante.,.

  35. Ola Marcos, muito bacana esta materia sobre agropecuaria brasileira e a geografia, e seu blog tb é muito legal. trabalho numa empresa qiue se chama modclima, fazemos chuvas e vc sabe onde conseguiria mapas de 2010 / 2011 da produção de soja, milho e algodão no Brasil? olha só o nosso trabalho de chuvas:

    um abraço e obrigada pela atenção

    • Olá Majory,
      Obrigado pelas palavras e parabéns pela participação em um nobre projeto como o Modclima. Bacana mesmo e melhor ainda pelo aproveitamento de 68% atingindo 22 milhões de pessoas no nosso semi-árido.
      Quanto aos mapas tão atualizados dessas plantations, você terá que procurar a Embrapa ou nas Universidades Federais professores que trabalham com a temática da geografia agrária que saberão onde você achará esse mapeamento.
      Abraço e até a próxima visita!

      • Que tal professor Marcos Brandão,como gaucho e estudante de Agroindustria,pelo Instituto Federal Farroupilha Campus Alegrete(fronteira oeste do Rio Grande do Sul),tambem gostaria de parabeniza-lo pelo trabalho que vem desempenhando nesse blog.Parabens pelo despertar destas pessoas maravilhosas como o senhor que acessam o seu trabalho.Rubem Nolasco Q.Romero 55 anos (funcionário da E,E,E,Fundamental Salgado Filho).

      • Obrigado, muito obrigado mesmo Rubem! São mensagens de incentivo como a sua que mantém o movimento diário desse trabalhoso e prazeroso blog.

  36. Em um blog tão boom assim..da até prazer em estudar ! obrigado pela ajuda Marcos Brandão…Que Deus te abençoe ^^

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